domingo, 26 de maio de 2013

Entrevista: Lucas Cipolini fala da sua carreira ao Blog Unitri Uberlândia

Por Eduardo Oliveira e Reilla Mendes.



OBS: Clique nas imagens para ampliar.

Nome Completo: Lucas Cipolini Alves
Posição: Ala/Pivô
Data de Nascimento: 14/06/1986
Naturalidade: Casa Branca (SP)

De onde você é?  O que te motivou a se tornar um jogador profissional? Quantos anos você tinha? 

Sou de Casa Branca-SP. Comecei a jogar Basketball por convite de um treinador da cidade, quando tinha 11 anos, daí gostei muito do esporte e não parei mais, me dediquei, e sempre me espelhei em jogadores mais velhos, nos lances e enterradas que sempre me impressionaram, principalmente de jogadores da NBA.



Quando e como você chegou pela primeira vez para jogar pela Unitri Uberlândia? 

Eu cheguei pela primeira vez ao time da Unitri em 2005, fui contratado logo depois de ter jogado um campeonato brasileiro juvenil, e felizmente fui campeão com a seleção paulista, esse torneio foi realizado no ginásio do UTC.



Ainda garoto você teve uma passagem muito marcante em Uberlândia, onde foi campeão sulamericano, Mineiro e vice brasileiro. Como você se recorda desse período? 

Foi um período realmente de sonho e muito aprendizado, foi muito bom fazer parte de um grande time e jogar/treinar com jogadores já consagrados do Basketball brasileiro, e que hoje eu tenho orgulho de estar jogando novamente junto como, Valtinho, Estevam, Brasilia e Helinho. Naquela época era mais um fã deles acima de tudo. Ganhei muito aprendizado de profissionalismo que carrego comigo até hoje.








Logo depois, dessa passagem marcante por aqui, você foi jogar fora do Brasil, mas precisamente nos Estados Unidos, como foi essa experiência? É muito diferente a vida de um jogador lá do que aqui?

Foi uma das melhores experiências da minha vida, não só no esporte mais como pessoa. Eu tive a oportunidade de jogar pela BYU-HAWAII no Havaí, onde me formei em Educação Física, me batizei na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e encontrei minha companheira eterna. Na época também trabalhei com Rodrigo que é nosso assistente técnico aqui, ele também foi assistente técnico na faculdade, e me ajudou muito, dentro e fora das quadras, pois meu inglês era zero. Era uma vida bem puxada, pois tinha que estudar de manhã, treinar na parte da tarde, e ainda trabalhar a noite, pois na faculdade americana os atletas só ganham bolsa de estudos para jogar pela faculdade, e não e permitido nenhuma ajuda financeira.



Em 2010 a equipe da cidade voltou a ativa e você veio junto. Qual foi a sensação de voltar a jogar em Uberlândia depois de tanto tempo?  

Foi excelente, desde que fui para fora sempre me lembrava de Uberlândia e do time com carinho, então fiquei feliz com a oportunidade de retornar ao Brasil e para a Unitri.

Assista ao vídeo do Vitoriosa Esporte: Lucas Cipolini está de volta ao basquete brasileiro




Antes de voltar para Uberlândia, algum time brasileiro já tinha tentado negociações? 

Sim, mas a Unitri sempre era minha primeira opção.

O quê você mais gosta de fazer nas horas vagas? E qual é o lugar da cidade que você mais gosta? 

Gosto de passar a maior parte do tempo com pessoas que gosto, principalmente minha esposa Vanessa. Na cidade eu gosto muito de sair para jantar com os amigos, então diria que os restaurantes são meus lugares favoritos.

Como você está enxergando essa evolução do basquete brasileiro?

O basket do Brasil tem tudo para se tornar uma febre nacional, acho que estamos no caminho, mais ainda temos muito que caminhar, não podemos nos contentar.

A união do grupo é algo que realmente chama bastante a atenção, quais fatores você acha que contribuíram para o grupo se tornar tão harmonioso? E qual é o jogador que você mais se dá bem? 

Na minha opinião, o grupo é tão bom por conta do espirito familiar, quase todos são casados e tem os mesmo interesses, as famílias se dão bem, e sempre temos oportunidades de nos reunir para passar o tempo junto, isso ajuda muito no local de trabalho que  para nós é a quadra e os treinos. Escolhendo um só jogador eu seria injusto, pois me do bem com todos, e  tento no máximo possível ter um bom relacionamento com meus companheiros, mesmo sendo meio calado e tímido.



Sobre a questão de ginásio, os torcedores e vocês estavam acostumados com o UTC, devido à pressão e a familiaridade com o ginásio, até porque desde que a equipe foi criada em 98 joga lá. Mas nesses últimos jogos, onde a torcida lotou completamente e fizeram uma festa linda no Sabiazinho, ficou claro que ele também pode se tornar o nosso caldeirão. Para você, não só em relação a pressão da torcida, há muita diferença entre jogar nesses dois ginásios, ou essa mudança não interfere em nada? Em qual prefere jogar? 

A única diferença que sentimos era nos primeiros jogos, pois estamos muito acostumados com o UTC, e as quadras são muito diferentes, mais acho que já estamos acostumados com o Sabiazinho que tem uma estrutura de primeira.



Por quais times além do de Uberlândia você já passou? Em qual deles sua passagem foi marcante?

Comecei no Casa Branca, depois Pinheiros, Unitri Uberlândia, Ajax Goiânia, BYU-HAWAII e Unitri novamente. O time que mais me marcou foi a BYU-H nos Estados Unidos, onde cresci muito em todos os aspectos, e pela experiência de jogar o college americano, NCAA que é indescritível.



Quais são os seus ídolos do basquete? 

Vince Carter, Kenyon Martin, Amare Stoudamire, foram alguns dos jogadores da minha geração que eu sempre fiquei impressionado pelo estilo explosivo de jogo.



Você tem a noção do quanto o basquete é amado pela população uberlandense? Como é sua relação com os torcedores fora de quadra?

Tinha e aprendi mais sobre essa paixão quando vi o Sabiaznho lotado para os playoffs esse ano, foi uma festa linda. Sempre fico feliz quando torcedores me abordam na rua e falam sobre basket, me deixa animado em sentir esse carinho.

Em toda a sua carreira, qual o jogo que mais te marcou? Por quê? 

 Foi meu ultimo jogo em casa na BYU-H. La no college, eles tem uma cerimonia muito especial chamada Senior Night “NOITE do SENIOR”. Senior significa o ultimo ano que um atleta pode atuar no college num total de 4 anos. É uma noite muito especial pois recebemos muitas homenagens, e triste também por saber que aquele e seu último jogo pelo college que você jogou nos últimos 4 anos, com certeza nunca esquecerei desse dia.





Se você não fosse jogador de basquete, o que seria? Ainda é muito cedo para pensar nisso, mas o que pensa em fazer quando parar de jogar? 

Eu não faço a mínima ideia o que seria, pois comecei com o esporte muito cedo. Hoje diria que penso em trabalhar com algo relacionado a treinamento esportivo, ainda não tenho planos fixos, mais gosto muito de trabalhar com esporte em geral.


Qual é o seu grande sonho?

Meu grande sonho é ter minha família unida, ser um grande pai, marido e amigo.


Ainda tem vontade de jogar na NBA? 

Sempre tive, lógico que ainda tenho, mais é uma outra realidade, estou feliz aonde estou no momento pois com certeza é aonde eu deveria estar.


Qual é a sua maior motivação em quadra? Como você se concentra no jogo, para esquecer um pouco a torcida, principalmente a rival? 

Tenho várias motivações em quadra, uma grande assistência para o companheiro, um toco, uma grande jogada, enterradas lógico, são muito, o basket me motiva a cada lance. Tento focar no que tenho que fazer a cada momento, pois o basket muda em segundos, e chances vão e vem rápido, temos que estar focados e preparados para cada um deles, quando consigo esse foco, a torcida parece nem estar ali, a não ser quando o ginásio vem abaixo com jogadas do nosso time.


Qual a maior lição que você aprendeu como atleta? Você gostaria que seus filhos se tornassem jogadores?

 A maior lição é a determinação e nunca desistir, continuar trabalhando forte para conseguir os objetivos, também trabalho em equipe em busca de um mesmo objetivo, especialmente nos esportes coletivos como o basket. Eu acho que seria legal se os meus filhos jogassem, mas acho que cada um tem os seus talentos e desejos. Se os deles forem outros, eu apoiarei.

Por fim, deixe uma mensagem a todos os seus fãs uberlandenses, que tanto pediram por uma entrevista com você. 

Muito obrigado pelo carinho, e apoio de sempre!!!! Grande abraço a todos CIPOLINI#15



Assista ao vídeo dos melhores momentos do Cipolini nas temporadas 2010 - 2012:

Lucas Alves Cipolini - Unitri Uberlândia temporadas 2010-2012


Algumas fotos do Lucas Cipolini, clique nelas para ampliar:

















































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