sexta-feira, 13 de junho de 2014

Entrevista com um dos maiores ídolos do basquete de Uberlândia: Helinho #10

Blog Unitri Uberlândia Basquete e Torcida Organizada Alcateia.

Por Reilla Mendes, Eduardo Oliveira e colaboração de torcedores.

A entrevista foi gravada pessoalmente com o jogador Helinho no dia 20/02/14. Publicamos apenas agora pela enorme falta de tempo (faculdade e trabalho), por isso pedimos desculpas aos torcedores e principalmente para o Helinho.



Como e quando você começou a jogar basquete? 

Eu comecei em Franca. Acompanhava meu pai, porque ele era jogador, e também meu tios. A partir disto eu comecei na clínica Francana de basquete, depois nas escolinhas da prefeitura. Com quinze anos, eu me federei na equipe infantil do Franca Basquete; a partir daí, eu não parei mais de jogar.

Você vem da família mais tradicional de basquete brasileira, até que ponto, se tornar jogador foi uma decisão sua e até que ponto sua família te influenciou? 

Não, o meu pai sempre me deu o livre arbítrio de escolher. Eu fiz natação, joguei futebol, fiz tênis. Mas, como eu acompanhava demais, eu fui me apaixonando até o ponto que eu decidi que queria ser jogador. Eu com quinze anos parecia mascote perto dos meninos da minha idade, mas gradativamente eu fui ganhando força, fui treinando bastante e consegui ganhar meu espaço.

Se você não fosse jogador de basquete, o que você gostaria de ser? 

Boa pergunta! Mas gostaria de lidar com alguma coisa que meche com conversar, vender. Eu gosto bastante de conversar, acho que seria alguma coisa tipo corretor de imóveis, algo do tipo.

O que o basquete lhe ensinou como pessoa?

Acho que não só o basquete, mas o esporte ensina várias coisas, disciplina, como saber respeitar a hierarquia, formar um caráter, acho que o esporte ensina muito, respeitar na derrota ou na vitória um adversário ou companheiro, enfim acho que o esporte todo dia ensina uma coisa pra nós. E eu vejo o esporte como um trabalho, igual a qualquer outro, tem hora que eu falo que por ser público é claro que as pessoas vão cobrar mais, – tem amigos que eu até brinco com isso, ele me cobra e eu falo, eu nunca vim te cobrar, perguntar se você vendeu mais carros do que o “Zé” ali da esquina – eu entendo que tem que ter uma cobrança, mas é um trabalho árduo e todo dia a gente tem que tá focado no que tem que ser feito.

O seu pai sempre fala em suas entrevistas que em casa, ele diminuía diâmetro do aro sem você saber, e com isso errava praticamente todas as bolas que arremessava. Em compensação, nos jogos e em outras quadras seu aproveitamento era ótimo, e você ficava sem entender.  Isso te ajudou muito no começo da carreira? 

Eu não errava todas, acertava algumas (risos). Me ajudou, foi importante, eu acho que ele ter diminuído o diâmetro do aro, eu ter ouvido que eu precisava treinar bastante sozinho, eu treinei muito sozinho. Tinha domingo que meu pai ia pro clube e tinha outros jogadores que passavam em casa oito meia / nove horas da manhã, pra gente arremessar. Enfim, acho que tudo isso ajuda. Ter diminuído o diâmetro do aro foi uma das coisas que eu fiquei sabendo depois, porque eu não soube na época.

Sabe-se que você faz o que você ama, mas tudo na vida tem um lado ruim. Qual é o lado ruim de ser jogador de basquete? 

O lado bom tem vários, agora o lado ruim, eu acho que é você não ter sábado, domingo, feriados, dias santos; durante a temporada você sempre tem que estar pronto pra treinar, pra jogar e pra correr atrás. As derrotas, são muito difíceis, você tem que estar aprendendo, mas tem que estar motivado para o próximo jogo, e isso é uma coisa árdua. Porque, eu acho que isso é uma das coisas que o esporte ensina, você tem que estar sempre em estado de vigília, pra tá melhorando a cada dia, independente do resultado. Esse lado de ficar longe da família, eu já perdi muita festa de casamento, aniversário de filho, de mãe, enfim, já perdi muita coisa, mas tem o outro lado que é muito bom – conhecer outros países, conhecer várias pessoas e fazer várias amizades ( eu falo sempre que daqui, dois anos no máximo, eu estou parando de jogar, mas as amizades que eu fiz, foram as coisas mais importantes, porque os títulos foram importantes, as vitórias foram importantes, mas as amizades eu vou levar pra sempre e é difícil você conseguir fazer amizades, e o esporte traz isso com mais facilidade).

Você é um eterno ídolo do basquete uberlandense, que sempre será lembrado pelos torcedores dessa cidade. Qual a sua relação com eles? Sempre te tratam com carinho quando te encontraram pelas ruas?

Sempre, eu tive a oportunidade de jogar em três equipes, Franca, Vasco da Gama e Uberlândia. Graças a Deus, nos três lugares, eu sou tratado e procuro tratar os torcedores, os amigos que eu fiz, todas as pessoas com o maior carinho, porque é realmente isso que eu acho que eu levo. O reconhecimento dessas pessoas, me trazem muita alegria, eu sei que muitas vezes, eu sou referência para algumas crianças. Eu sou muito feliz, por ter jogado em três lugares, que eu consegui dá muito carinho e receber muito. Então, pra mim, isso não tem preço que pague, e eu sempre digo isso, nos três lugares quando eu vou, eu procuro ir no São Januário, procuro ir em Franca e procurava vir aqui também, quando eu não estava aqui. É sempre muito bom ir
nesses três lugares.
















Você é um atleta muito querido e respeitado por todos os lugares que já jogou. Em todos esses a torcida te adora, a que você atribui isso?  

Eu sou mais extrovertido, meu pai é um pouco mais fechado, na dele e ele também adora os três lugares. Mas, eu acho que é fruto desse carinho mesmo, o fato que a gente consegue estar perto um do outro, sempre conversar de uma forma tranquila. As pessoas conseguem ver a força de vontade dentro da quadra, que eu procuro me esforçar ao máximo possível. E isto, traz uma coisa muito boa, que é essa energia que você tanto dá para as pessoas, quanto recebe também.

Por quais equipes você já jogou? Poderia falar um pouco da passagem por cada uma delas? E quais foram os principais títulos conquistados juntamente com cada uma dessas equipes? (Por favor cite todos, somos bem curiosos nessas partes de jogos inesquecíveis pelos jogadores).  

Nos três lugares, eu tive a oportunidade de conquistar muita coisa boa e isso realmente marca a carreira de qualquer atleta, acho que isso traz como referência um atleta de sucesso, são os títulos. Se você conseguir conquistar o título, não é fácil. Tem que ter uma liderança, estar do lado de pessoas que querem isso também. Tanto em Franca, quanto em Uberlândia e no Vasco, eu conquistei títulos brasileiros, liga sulamericana. Copa América por Franca. Foram coisas que eu tive o prazer de conquistar e foram muito importante pra mim e pra torcida, porque realmente ajudam a marcar uma trajetória, um ciclo que, quando você sai, esse ciclo é fechado com muito sucesso.

Já recebeu convites para jogar fora do país? 

Eu já tive alguns convites pra jogar na Venezuela, no começo da carreira me chamaram para ir para a Espanha, eu teria que tirar um passaporte, enfim, infelizmente ou felizmente – acho mais felizmente, porque eu adoro estar aqui no Brasil, ao lado dos amigos e familiares – eu acabei ficando aqui e tendo uma carreira de sucesso aqui no Brasil mesmo.

Quais foram ou ainda são seu principais amigos que você fez nessa vida do basquete? 

Eu fiz bons amigos no basquete. Tem alguns que eu convivo mais e continuo falando, outros que eu fico anos sem falar, e na hora que eu encontro, eu sei que são grandes amigos. Os que eu joguei mais tempo, Rogério, Demetrius, Valtinho, enfim são grandes jogadores. O Matheusinho que tá em Fortaleza, o Drudi, Márcio Dornelles, são jogadores que eu tive muito contato e continuo tendo muito contato com eles ainda. Graças a Deus, todos os jogadores que eu tive a oportunidade de jogar, eu continuo com contato, quando a gente encontra, a gente conversa; não é uma amizade familiar, mas é muito saudável.

Você já jogou em algum time no qual seu pai não era técnico? Sempre foi uma escolha pessoal de vocês estarem sempre juntos nos times? 

Já joguei sim. Sempre foi uma escolha pessoal nossa trabalharmos juntos. Aconteceu de várias formas, primeiro lá em Franca, ele já era técnico e eu fui jogando e ganhando o meu espaço gradativamente, no começo foi bem difícil, porque é aquele negócio: todo mundo errou duas vezes e tá na quadra, o Helinho errou duas vezes e o Hélio ele vai deixar ele na quadra ainda, enfim. Quanto ao Vasco, eu fui pro Vasco e meu pai continuou em Franca, aí depois, ele acabou indo pro Vasco. Aqui em Uberlândia, eu estava em Franca, e ele me trouxe pra cá primeiro em 2004/2005, depois nós fomos juntos pra Franca. Por fim, eu vim pra cá, agora essa última vez, e depois o Wellington conversou com meu pai e ele acabou vindo também, muita gente acha que ele veio e me trouxe, mas é ao contrário.

Como é pra você ter trabalhado durante tanto tempo com seu pai? Vocês sempre conseguiram separar o pessoal do profissional? 

Eu acho que foi uma benção eu poder ter nessas viagens, nos momentos difíceis, enfim, de vitórias e de conquistas, o meu pai ao meu lado. Realmente é uma coisa que eu me sinto privilegiado. E a gente sempre conseguiu separar as coisas, tanto dentro, quanto fora da quadra. Costumo dizer, que quando a gente ganhava era comemoração dobrada lá em casa, dois dias de festa, e quando perdia era dois dias de tristeza. Ele sabia separar as coisas muito bem, e eu também soube. Ele sempre me falava, o seu tempo na quadra, vai ser sempre relacionado à sua eficiência dentro dela, então trata de correr atrás, porque senão, você não vai jogar; e assim foi.





















Quais são as suas melhores qualidades no basquete? Se considera um líder em quadra? 

Tirando a modéstia de lado, eu me considero sim um líder dentro de quadra, te estar chamando os companheiros, acalmando nos momentos que tem que acalmar, chamar atenção no momento que tem que chamar. Acho que uma das minhas melhores qualidades é ter uma leitura de jogo importante, então, saber chamar a jogada certa, para o jogador certo, na hora certa, enfim, são coisas que eu fui ganhando gradativamente, mas que, por ter ao meu lado, um cara que jogou de armador – que é meu pai – e por ter convivido tanto tempo com bons armadores – caso do Guerrinha, do Maury, Demetrius, Valtinho – eu acho que tenho uma boa leitura de jogo, e é uma qualidade importantíssima, que eu considero uma das mais importantes do basquete. Outa qualidade, é que eu acho que tenho um arremesso bom e tudo. Mas, acho que a qualidade de ter essa boa leitura de jogo, o que fazer na hora certa, sem se preocupar em tá fazendo pontos, enfim, eu acho que é muito importante.

Qual foi seu melhor momento na carreira? E o pior? 

O pior momento foi há dois anos atrás, lá em Franca, que as contratações foram erradas de dois americanos, principalmente do Kevin Sowell, e a gente vinha de um vice campeonato brasileiro, enfim lá em Franca é uma cobrança muito forte e nós sofremos muito por não ter mantido a estrutura, saíram muitos jogadores, que tinham sido vice campeões brasileiros. Foi um momento difícil da minha carreira, meu pai foi contestado. Teve outros, na seleção nós perdemos o pré-olímpico, não conseguimos a classificação. Mesmo hoje em dia, você perde dois jogos, são momentos difíceis.
E os momentos felizes da carreira, são os títulos, as conquistas, quando você fecha com chave de ouro um trabalho. Então foram: sete títulos brasileiros, três campeonatos paulista, quatro campeonatos mineiro, dois campeonatos carioca, três liga sulamericana, três copa das Américas. Pela seleção foi: um sulamericano, um pan-americano e um terceiro lugar no Goodwill Games. Nos mundiais, um eu fiquei em décimo e o outro em oitavo. Mas, foi tudo muito legal, acho que tudo isso serve de aprendizado e pra mim, é sempre muito legal eu estar contando essas histórias.

Em todos esses anos de carreira e sucesso, qual foi a situação mais marcante que você já presenciou?  

Tiveram várias situações, mas por exemplo, uma situação que me marcou, foi quando eu pude jogar no Goodwill Games, nós levamos o jogo para a prorrogação, contra os jogadores da NBA, que são os jogadores que eu via na televisão. No pré-olímpico também nós jogamos contra o Kevin Garnett, Gary Payton, Tim Hardaway, Jason Kidd, são jogadores que você via na televisão e tinha um lado de fã e acabar jogando contra eles, foi muito legal. E também, as situações de conseguir conquistar aquilo que nós almejávamos né? Tanto por Franca, como pelo Vasco, como por Uberlândia, é sempre um prazer que não tem como descrever.

O que te inspira e dá motivação dentro de quadra? 

O que o basquete, eu acho que é fascinante, é esse lado de estar sempre procurando crescer, procurando melhorar, cobrar os companheiro, se cobrar. Então, acho que esse lado do basquete de estar sempre procurando a excelência, é o que me faz ter a motivação maior de estar tentando melhor a cada dia e produzir mais, independentemente do campeonato, da idade, de como as coisas estejam.

Você ainda tem algum sonho em relação ao basquete? 

Tenho vários sonhos. Sonho de conquistar a liga das Américas, mais um campeonato brasileiro. Tenho sonho de terminar bem minha carreira e de eu estar tentando fazer uma carreira bacana como técnico depois. Enfim, são vários sonhos que, eu acho temos que viver sonhando, viver motivados e quem sonha tem motivação para buscar seus sonhos; então, é nisso que eu me apoio.

Como foi a negociação para te trazer para a equipe em 2003? Foi fácil a adaptação de morar em um novo local? 

Foi super fácil adaptar aqui em Uberlândia, quando eu vim, eu tive facilidade de tudo, foi muito gostoso. Porque eu já tinha amigos aqui e fiz outras amizades rápido. O meu pai foi convidado pra vim pra cá em 2003 e falou que ele queria levar alguns jogares de confiança dele, prontamente o Wellington Salgado falou que ele podia falar quais eram os jogadores. E daí, ficaram alguns Valtinho, Juliano, Tony Harris, Estevam, Cambraia – que já tinha parado de jogar, e acabou voltando e conquistando o sonho dele, que era ser campeão; meu pai trouxe, eu, Brasília, Janjão, Rogério.
















Qual a sua relação com a cidade de Uberlândia? 

Eu tenho uma relação forte, porque o meu pai, ele deu aula aqui em Uberlândia, na UFU há 30 anos atrás, então ele vinha duas vezes por semana, ele e meu tio, voltavam. Tem amigos dele, que ele é amigo até hoje. Então, é uma relação forte que meu pai tinha, e eu passei a ter essa relação, porque eu fiz amizade com os filhos desses amigos do meu pai, a gente criou um vínculo bem grande. Minhas irmãs, quando eu voltei pra Franca, elas continuaram morando aqui, uma estudava, a outra tinha um comércio no Shopping. Então, sempre foi uma relação muito forte, que eu quero ver se consigo levar, pro resto da vida.

Quais são os seus lugares preferidos aqui? 

Eu adoro os shoppings, adoro ir ao cinema. Gosto de alguns restaurantes como Barollo, Lazinho, os restaurantes japoneses - eu gosto de quase todos. Enfim, são coisas que eu gosto de fazer, sair pra jantar, tomar uma sauna – ah, não posso esquecer do Clube Cajubá todo sábado e domingo, que é uma delícia. E é sempre muito bom, eu tenho muito prazer em fazer as coisas aqui.

Você imagina alguma das suas (lindíssimas) filhas seguindo o caminho do basquete? Porque infelizmente ainda hoje o basquete feminino não é muito valorizado. 

Eu quero dar para as minhas filhas, mais ou menos, a liberdade que meus pais me deram também de escolha. Acho que se elas quiserem seguir pro lado do esporte, se elas tiverem talento pra isso, ótimo; se elas quiserem fazer outra coisa, ótimo também. Só acho que independentemente do esporte, nós jogadores no Brasil que nós vivemos hoje, nós temos que também estudar. Então, é a única coisa que eu vou procurar cobrar delas, que se elas quiserem seguir pro lado do esporte, também não se esquecerem do estudo.






















Qual a sensação de jogar no Ginásio do UTC completamente lotado? É um verdadeiro caldeirão? 

Lá sempre foi muita pressão, lá dá uma segurança grande pra nós. Quando a gente ia jogar lá, e sempre lotado, aquela loucura de gente de madrugada nas filas lá; então isso dava uma confiança maior do que a gente estava acostumado, eu gostava muito. E eu gosto muito de jogar aqui no Sabiazinho também, acho que é um lugar que tem qualidade e é muito aconchegante. As cadeiras são boas, a quadra é excelente. A única coisa é que não lota sempre, então a pressão não é grande, mas acho que se pudesse fazer um mix, pra mim seria ideal. Jogos da fase de classificação, de repente no UTC, e jogos de playoffs aqui [Sabiazinho], enfim, ou jogos maiores aqui, seria ideal.

Teve algum jogo que ficou na sua memória, onde a torcida no UTC literalmente empurrou a equipe de Uberlândia a vitória? 

Já tiveram vários, mas o que eu mais me lembro, foi na final da liga sulamericana contra o time de Goiânia, que a gente estava ganhando de muito, eles buscaram, abriram, mas aí a torcida contagiou de novo, nós voltamos, abrimos. Teria vários pra eu contar, mas este me marcou mesmo, porque nós ganhamos, literalmente, no calor da massa.







De toda a sua carreira, qual a derrota que nunca sairá da sua lembrança? 

Derrota de uma liga sulamericana, contra o Atenas, na final. A gente perdeu o primeiro jogo aqui, ganhamos o segundo aqui, perdemos o terceiro lá, ganhamos o quarto jogo lá, enfim, ficou 2 x 2. No quinto e decisivo jogo aqui, nós perdemos de um ou dois pontos, foi coisa mínima, mas foi uma decepção muito grande. Mas, até por essa decepção, acho que nós tivemos mais forças pra tentar conquistar o título e conseguimos.

Teve algum ato de algum torcedor que te deixou emocionado? 

Já tiveram vários. A saída do meu pai mesmo, agora, me deixou emocionado. No Vasco, depois que nós saímos, nós fomos assistir um jogo do milésimo gol do Romário, e a torcida toda gritando o nome do meu pai, o meu. A gente até hoje tem contato com os torcedores de lá, enfim. Lá em Franca, também, na época tinha aqueles rolos de cartas, eu tenho guardado até hoje. Então, são atos assim, esse carinho que a gente sai na rua, e o cara fala: “Pô, parabéns pelo jogo de ontem”, “vamos buscar o título”. Isso não tem jeito de explicar, é uma coisa que só o esporte consegue trazer isso pra nós e é muito importante. E eu sei levar bem as cobranças dos torcedores, só aqui que tem que ser uma cobrança saudável, com educação. Eu sou contra qualquer tipo de agressividade, tanto verbal, quanto física. Acho que todos nós, estamos aqui trabalhando e trabalhando muito para conquistar os nossos objetivos e consequentemente os objetivos de uma cidade que se espelha na gente. Muitas vezes não dá certo, a gente sabe disso. Mas, eu acho que a cobrança, ela sendo saudável, ela é sempre muito importante também para o nosso crescimento.

Até a saída da equipe da cidade em 2007, só se falava em basquete aqui em Uberlândia. Torcedores dormiam na fila na porta do UTC um dia antes para garantir seu ingresso para o próximo jogo, torcedores viajavam para o Brasil inteiro e até mesmo para fora do país. Mas chegou 2007 e o Wellington Salgado resolveu acabar com tudo, destruindo o maior orgulho da cidade e ferindo o coração dos fanáticos torcedores. A Unitri Uberlândia voltou em 2010, mas já estamos em 2014 e não vemos a cidade mobilizada como era antes, talvez pelo medo de tudo se acabar novamente e ficarmos órfãos dessa paixão que é o basquete. Vemos que esse amor parece estar voltando aos poucos.O que você acha sobre isso? É possível resgatar todo esse carinho pelo basquete que ficou preso quando tudo acabou e voltar a mobilizar toda a cidade novamente?

Eu acho que é, acho que nós tivemos esse carinho nas quartas de final contra o Pinheiros na semi final contra o Bauru, na final contra o Flamengo. Acho que é normal a torcida está mais ligada em momentos de playoffs, momentos decisivos, na final do campeonato mineiro. Acho que o Wellington, ele faz um trabalho, em que ele banca praticamente uma equipe sozinho; acho que é muito importante a cidade está mobilizada para tentar ajudar nisso tudo, e enfim, acho que essa chama não se apagou, a prova disso é que a equipe está aqui, sempre buscando ficar entre os cinco, quatro melhores, ano passado foi pra final novamente, sempre campeão mineiro. Acho que tem tudo pra continuar crescendo esse amor, essa paixão e essa tradição, porque já é forte a tradição do basquete de Uberlândia ter um grande time.

Muito se fala no ginásio do Sabiazinho, que lá é muito longe para a locomoção dos torcedores, que a arquibancada fica longe da quadra, que a equipe não joga bem lá dentro... Vimos que temporada passada nos play-offs contra Pinheiros e Bauru, aquele ginásio ficou maravilhoso e completamente lotado.O que você acha sobre o Sabiazinho? Se a cidade voltar a se mobilizar a favor do basquete, lotando ele nas 
partidas, é possível fazer do Sabiazinho o nosso novo UTC? 

Pela minha vivência em Franca com o ginásio grande, é difícil. Os jogos da fase de classificação é difícil você trazer tantos torcedores, porque é um ginásio muito grande aqui [Sabiazinho], é um sonho, que todo mundo gostaria de ter, mas quem sabe? Acho que o basquete tá se estruturando, está ganhando cada vez mais força, as vezes um sistema de sócio torcedor, um sistema de parceria de empresa (as empresas estarem dando ingressos para os funcionários), acho que tem tudo para melhorar cada vez mais o público. O basquete se justifica, ou qualquer outro esporte, pelo público. Quanto mais público a gente tem, mais gostoso é a gente jogar, e a gente faz tudo para ter esse apoio da torcida mesmo.

Quais as principais diferenças e semelhanças que você percebe do atual elenco com o elenco vitorioso de 2004/2005? 

 O elenco de 2004/2005 era um elenco muito forte, um plantel numeroso, várias posições de alto nível técnico. Hoje nós temos um grande elenco também, mas nós perdemos um jogador que pra mim, é uma chave da nossa equipe que é o Luís Gruber, que eu acho que em breve deve estar na próxima seleção, eu acho até que ele já deveria estar, porque o acho muito craque. É difícil você comparar elenco, mas basicamente nós temos um plantel bom também, mas, naquela época nós erámos muito favorito e hoje não somos tão favoritos, até porque aumentaram o número de equipe, a força das equipes aumentou muito, então, eu acho que naquela época dividíamos o favoritismo com mais duas ou três equipes só, e hoje tem várias equipes que podem chegar ao título.

Qual a sua relação com o Valtinho, depois de tanto anos jogando juntos e tantos títulos conquistados? 

Eu tenho uma amizade, um carinho muito grande por ele. Minha esposa e a dele são amigas de infância – de crescerem juntas fazendo bagunça – e eu tenho uma relação ótima com ele. Estamos sempre fora da quadra, saindo pra comer, ou reunindo em casa pra jogar um baralho. Acho que a amizade se fortaleceu muito nessa volta minha pra cá, a gente já tinha uma amizade forte, mas não tinha tanto envolvimento como agora.
























Aqui no Brasil, muitos dizem seu pai Hélio Rubens lançou o estilo de jogo com dois armadores natos (você e Valtinho) ao mesmo tempo dentro de quadra. E essa novidade trouxe os principais títulos da cidade, que foram a Sulamericana e o Brasileiro.Como é jogar ao lado dele? Quais características vocês tem em comum e de diferente, que um completa ao outro quando estão lado a lado?

Realmente foi uma característica jogar com dois armadores. Eu tive a oportunidade de jogar aqui em Uberlândia com o Valtinho, lá no Rio com o Demetrius; lá em Franca com o próprio Valtinho e com o Demetrius também. Enfim, nós sempre conquistamos muitas coisas jogando dessa forma, exatamente porque a gente se completa, eu acho que ele tem um lado físico, de bater pra dentro, de servir muito forte; eu tenho um lado mais de arremesso e também de procurar dar assistências. Então, acho que, quando um está pressionado o outro leva a bola, a gente sabe muito bem usar todas as qualidades que essa formação tática pode nos dar.

Sobre aquele acidente terrível no treino do dia 01/04, qual foi seu primeiro sentimento (além de dor, é claro!)? Ainda sente algum incômodo? 

(Risos). Eu sinto um pouquinho de incomodo ainda, a minha paralisia ainda não voltou totalmente, ainda tenho um pouco de movimento involuntário do olho na hora que eu faço bico, na mastigação. Mas, voltou 90%, pra mim já é o bastante pra eu estar feliz da vida. Foi um susto muito grande, porque na hora que eu tomei a pancada, achei que tinha estourado o tímpano e no momento em que eu cheguei no hospital, eu estava entortando a boca e sem fechar o olho direito; então eu fiquei extremamente assustado na hora e só pensava nas minhas filhas, na minha família, que eu poderia morrer. Na hora que eu fiz a tomografia, o médico me acalmou, dizendo que eu não corria risco de morte, e isso me deixou um pouco mais tranquilo. A minha recuperação foi muito demorada, isso me deixou muito triste.

Você pensou em algum momento que não voltaria a jogar? A recuperação deve ter sido bastante dolorosa, foi na sua família que você encontrou apoio?

No hospital eu cheguei a falar que não queria mais jogar basquete, por causa do susto. Foi um momento muito difícil, mas eu tive o apoio da minha família, os médicos foram muito atenciosos comigo. E conforme eu fui me recuperando, eu fui ganhando mais confiança de poder estar na quadra e hoje eu me sinto bem à vontade na quadra e fazendo o trabalho que eu queria sempre fazer.

O que você tem a dizer sobre a demissão do seu pai nesta atual temporada? Essa demissão te pegou de surpresa, ou já era de alguma forma esperada? 

Sinceramente eu não esperava, foi uma decisão que veio pelo nosso presidente, mas é uma decisão que nós temos que acatar. É como eu disse, ele é o patrocinador master da equipe, ele tem algumas ajudas, mas banca a equipe praticamente sozinho. Foi surpresa pra mim, eu fiquei muito chateado pessoalmente, mas profissionalmente eu tenho que saber levar isso aí, e me motivar para estar em quadra, e eu tenho me motivado cada vez mais e sinto que o meu jogo também está crescendo cada vez mais. É como eu disse, pessoalmente é difícil, conversei com meu pai, conversei com o Wellington Salgado, os dois falaram pra mim, tudo que eu deveria escutar e eu consegui superar esse momento difícil pessoal atuando profissionalmente da melhor maneira.

Ainda sobre a demissão, quando anunciada nós torcedores ficamos com muito medo que você também deixasse o time. Em algum momento você considerou essa possibilidade?

Não, de forma alguma. Eu estava 110% comprometido com a equipe e eu deixei isso bem claro para os jogadores, para a comissão técnica que assumiu, tanto para o Brasília, quanto pro Edy, pro João Batista; que a confiança que eles têm que ter em mim é independente de qualquer vínculo familiar que eu tenha.

E como foi a saída do auxiliar técnico Rodrigo Carlos? Ele apoiava e ajudava muito o Hélio Rubens nos jogos e treinamentos? 

O Rodrigo ele é um cara que tinha muita amizade com todos os jogadores, fez um trabalho muito bacana ao lado do meu pai. E quando ele falou que ia para o Flamengo, ele disse que já tinha recebido uma proposta antes, mas que agora as coisas tinham se encaixado e que era uma decisão que já estava tomada. Foi uma decisão pessoal dele, e que tanto nós jogadores, como a diretoria acatou de uma forma natural.

Recentemente, seu pai deu uma entrevista ao Jornal Correio afirmando: “Se ele quiser, tem tudo para ser um grande treinador. É um líder dentro de quadra e tem uma leitura de jogo muito boa. A diretoria do Pinheiros me disse há pouco tempo que quando o Helinho parar de jogar, eles o contratam imediatamente como treinador.” Você pensa em se tornar técnico quando parar de jogar?

Eu penso, agora tenho pensado mais. Eu acho que hora que eu realmente parar de jogar, quando eu não estiver mais motivado, eu quero primeiro me preparar um pouquinho mais; acho que eu tenho algumas qualidades para ser técnico, mas acho que tem que ter uma preparação um pouco maior. Quero ver se eu vou para os Estados Unidos e/ou para a Europa fazer alguns cursos, conviver o dia-a-dia com alguns jogadores que eu conheço, como o caso do Tiago Splitter, do Leandrinho e do Anderson Varejão, ou mesmo lá na Europa com o Marcelinho Huertas. Pretendo me qualificar cada vez mais para então, tentar fazer um trabalho bacana enquanto técnico.

Você tem alguma noção de quantas temporadas mais pretende jogar? (Esperamos que muitas!) Pretende encerrar sua carreira aqui em Uberlândia? (Lembrando que a pergunta foi feita em 20/02, nessa semana ele foi anunciado em Franca depois do presidente do Uberlândia ter dispensado a maioria dos jogadores).

Eu pretendo encerrar aqui em Uberlândia, mas eu não tenho noção de mais quantas eu pretendo jogar. Acho que enquanto a cabeça estiver pensando e o corpo estiver reagindo bem, eu quero estar em quadra. Eu me sinto muito à vontade em falar isso, porque se eu não estivesse dessa forma eu já teria parado; e quando eu parar, eu tenho certeza que vou estar com a consciência tranquila que eu fiz tudo que deveria fazer e cumpri com o meu caminho que eu tinha que percorrer.

O que você espera do basquete brasileiro? Está evoluindo no caminho certo? O que falta melhorar? 

Eu acho que está evoluindo, acho que foi uma evolução a criação da liga, agora acho que vai ser outra evolução importante a criação da liga b ou da segunda divisão, assim vai massificar ainda mais o esporte. Não tem a necessidade de inovar nada, acho que temos que tentar fazer o que os grandes fazem; os Estados Unidos da quantidade eles tiram a qualidade, então temos que massificar o máximo possível para que a gente possa depois disso tirar uma boa qualidade para estar representando não só as equipes aqui do Brasil, como a seleção brasileira internacionalmente.

Tenho a visão que os ginásios brasileiros estão mais vazios a cada ano. Você concorda? Se sim, o que fazer para acabar com essa triste realidade? E como é a sensação de jogar em casa ou até mesmo fora com um público muito baixo, em um campeonato como o NBB? 

Não, eu não concordo. Eu acho que tem lugares que os ginásios estão sempre com bastante gente; esse ano em todos os lugares que nós fomos jogar – Mogi, Palmeiras, Franca, Bauru – tinha muita gente. Acho que o público está ligado à fase do campeonato, com o passar do tempo o público vai se motivando para estar indo ao ginásio independentemente da fase do campeonato que esteja, mas acho que está no caminho.

Uma nova torcida organizada está tentando surgir agora, com o objetivo de apoiar o nosso basquete em todos os jogos e estimular todo o ginásio. O que você tem a dizer da Alcateia? 

Eu acho o máximo, acho que a razão de ser, como eu disse, do esporte competitivo, é o público, é a torcida. Quando você tem pessoas que se envolvem ainda mais com a equipe, que ficam sabendo detalhes, vindo nos treinos, fazendo uma entrevista como essa, enfim, são coisas que nos motiva, que nos dá uma responsabilidade maior. E quando você tem mais responsabilidade, tem maior comprometimento - e comprometimento é a chave para o sucesso. Acho que, grande parte do que eu conquistei, ou que qualquer outro jogador conquistou, está ligado ao comprometimento que nós tivemos pra tá conquistando isto. E a torcida, ela é a razão fundamental para que este comprometimento ocorra. Eu estou muito feliz com a chegada da Alcateia!

Perguntas dos torcedores:

Durante os jogos (e treinos) você sente algum medo de se machucar novamente? Se por reflexo, tem medo de “bater” o rosto. (Fernando de Oliveira).

Não, em relação a isso não. Eu acho que eu fiquei um pouquinho preso depois que eu tive a lesão, mas eu acho que conforme vai treinando, esquece e vai fazendo as coisas naturalmente; agora é 100% de gás na quadra.

Como é pra você trabalhar com outro treinador agora (uma vez que você trabalhou tantos anos juntos com seu pai)? (Mateus Carrijo).

Está muito tranquilo para mim; eu estou me dando muito bem com o João Batista, já conhecia ele como jogador. Agora estamos tendo um convívio maior, o que está aumentando a nossa amizade. Eu particularmente tenho estado muito tranquilo em relação a tudo que ele tem passado e estou me adaptando muito bem a tudo que ele tem pedido pra mim.

A impressão que nós temos é que o time não está bem internamente há algum tempo nesta temporada, acredita que esses problemas tenham decorrido de algo específico ou é apenas uma visão errônea do time?

Acho que é uma visão errada, veja bem, acho que a maioria das equipes, elas estão tendo altos e baixos durante o campeonato, isso é fruto de um equilíbrio violento que está tendo. Eu acho que todas as equipes vão tentar chegar no ponto máximo da temporada nos playoffs. E essa é a beleza, tentar fazer o máximo para chegar no momento decisivo e estar pronto para decidir e tentar ganhar, independentemente da colocação que ficar na fase de classificação. Então, pode dar essa impressão, porque as vezes perde um jogo aqui em casa, mas vai e ganha do Bauru, e surge esse pensamento “ah, será que tá tudo errado mesmo”, gera essa coisa, mas isso é basquete, o equilíbrio está muito grande e vai estar cada vez maior. Então, este entendimento é importante o torcedor ter, que este equilíbrio vai estar ocorrendo e o que vai valer é como a equipe vai chegar forte mentalmente e fisicamente nos momentos de playoffs.

Você mudaria alguma coisa no time, para que este se torne mais regular? (Fernando de Oliveira).

Olha, eu acho que a gente está fazendo um trabalho que tem que ser feito, de cobrança, enfim. Tem muitas coisas que a comissão técnica tem que ver, outras que nós jogadores temos que ver e tentar passar pra comissão técnica, algumas já vem sendo passado. É um trabalho diário de tentar melhorar detalhes de jogadas, detalhes defensivos, detalhes de como marcar uma jogada de dupla do adversário, as vezes o adversário não tem arremesso, então nós vamos marcar por zona, ou então vamos chegar mais em quem tem arremesso forte, ou seja, são muitos detalhes, e é isso que fascina no basquete, coisas que se o torcedor se inteirar mais, vai passar a se apaixonar ainda mais pelo basquete.

Já houve algum ato da torcida do basquete – qualquer uma – que tenha deixado você magoado? (Fernando de Oliveira).

Não, não. Quando eu sou xingado pela outra torcida, eu juro que considero isso um respeito pelo que já fiz; não é gostoso ser xingado, mas eu prefiro ver como um ato de respeito. Nunca fiquei magoado, porque o que eu aprendi com meu pai, que a gente tem que saber que está envolvido a paixão, então por exemplo, eu já sai de quadra xingado em um dia e passados dois dias, ganhamos jogos fora e o cara estava vibrando com as bolas que eu acertava e me parabenizando pelo título e/ou classificação. Mas, como eu já te disse, é sempre bom ter a educação, o que é uma coisa que o Brasil está precisando em todas as áreas, ter uma educação maior. Você vai em países mais desenvolvidos e a educação é muito melhor. E acho que nós do meio público temos que começar a divulgar isso, temos que buscar ter uma educação maior dentro do elevador, na quadra, com o torcedor, com o pai, com o professor; são coisas que, quando entram a paixão, eu entendo.

Poderia nos falar um pouco do Urzetta Cardoso?

Ele é um cara muito atencioso com a gente, ele faz o trabalho dele sempre muito bem feito; é um senhor com uma energia muito grande. Às vezes quando ele fica bravo lá no banco, a gente até brinca, ele não gosta muito (risos), mas ele tem a maneira dele e não sou eu quem vou mudar depois de tanto tempo. A gente sabe levar ele numa boa e ele também entende, é sempre muito atencioso com a gente.

Você entra nos jogos sempre muito pilhado, de onde vem toda energia? Essa sua energia já foi confundida e alguma vez teve que se submeter ao exame de anti-dopping? (Maurício).

Já tive que passar por anti dopping várias vezes, era sempre premiado (risos). Na verdade, eu entro pilhado por ser uma característica minha, pessoal. Mas, o exame anti dopping ele é feito através de sorteio, não existe isso de “esse cara tá pilhado, vou escolher ele” (risos). E eu já fui sorteado tanto pela seleção no mundial, quanto na equipe de Franca, no próprio NBB que no começo era exigido, e graças a Deus nunca deu nada! Até porque, eu não tenho muito braço, assim né, para ficar todo forte (risos). Mas, é uma coisa que eu acho desnecessário total, as pessoas se toparem para conquistar alguma coisa, acho que ela tá sendo falsa com ela mesma, enfim; acho que o ônus é muito maior que o bônus, então acho que é completamente desnecessário a pessoa que faz isso para ter algum tipo de vantagem, ela acaba é tendo desvantagens com o próprio corpo. Acho um absurdo!


Assista ao vídeo de um dos principais títulos conquistados pelo Helinho com a camisa do Uberlândia:








terça-feira, 10 de junho de 2014

Vitoriosa Esporte: Categoria master está de volta ao basquete de Uberlândia

Academia de Vôlei de Uberlândia pode encerrar parceria com UTC

Até o vôlei está insatisfeito com esse tal do Junqueira, presidente que está acabando com o clube. 




Leia a matéria aqui:
http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2014/05/academia-de-volei-de-uberlandia-pode-encerrar-parceria-com-utc.html

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Vitoriosa Esporte: Unitri Uberlândia anuncia novidades para temporada 2014/2015

terça-feira, 3 de junho de 2014

Uberlândia renova com Audrei e contrata 4 jogadores

Conforme publicado hoje pelo Wander Tomaz e confirmado pela diretoria, a Unitri Uberlândia contratou quatro jogadores:

- Vinícius Teló / Ala / 29 anos / Última equipe: Lins
- Renan Leichtweis / Pivô / 24 anos / Última equipe: Limeira
- Douglas / Pivô / 23 anos / Última equipe: Flamengo
- Rodrigo Silva / Ala-Pivô / 26 anos / Última equipe: Vila Velha




Pouco depois foi confirmado a renovação do ala armador Audrei, que se junta aos jogadores Gruber, Ícaro,  Luan, Zanini, Dida, Rafael e Leandro (Salsicha).